domingo, 8 de fevereiro de 2015
Debaixo da janela as rosas nascem e morrem com o passar dos dias. Vivem uma juventude, abrem e depois decaem, sem que ninguém as colha, para vender ou comer. Não são entregues a ninguém: nascem e morrem. Sua vida e sua decadência existem só nas mentes do observador. Todos os dias estão lá, apesar da chuva e do vento, da minha presença ou ausência. Nascem onde querem e morrem quando podem. Não servem qualquer fim que eu possa perceber pelos meus meios. Como flores que são, apenas são. Perfeitas e falhas, não são meios para nenhum fim. Apenas crescem, apenas maduram e apenas morrem.