sexta, 7 de julho de 2017
na manhã de inverno
nasce o sol enfraquecido
a escola vazia
se bica de frio
o pássaro solitário
chegada do inverno
até faltam mantas
na madrugada gelada
meu primeiro inverno
na manhã de inverno
o gorinto reluzindo
debaixo da ponte
na manhã de inverno
esqueço o casaco em casa
a porta do templo
lua deste inverno
pela janela de casa
a cama refeita
minhas mãos rachando
pegam a corda do sino
inverno acordando
na mesa da escola
cai o inverno atribulado
rabisco papeis
velhos agasalhos
sem nenhuma serventia
são ventos de inverno
finalmente inverno
as velhas meias de lã
servem para nada
minhas mãos geladas
sobre o tatami vazio
o último inverno