sexta, 9 de dezembro de 2022
aranhas tecem
sobre a minha cabeça vejo
as geografias
da ânsia e do medo
conto
novas histórias, cresço
decanto memórias são como
o pequeno ponto perdido
no fundo do filtro em que
bebo
segundos são horas e o enredo
está se desdobrando nos dias
o tempo de papel onde queimo
lembranças gravadas no seio
vi
brotarem de novo e de novo
no isopor da marmita
drenada no trinco da xícara
do pote de sorvete
de amaciante
Planta da Vida Eterna
será
essa vida grande
se puder cuidar
da minha-sua necessidade
sem reputação a zelar
sem nada a defender
no olho do furacão
pedras voam e afundam
a água só gira
não sou água
não sou pedra
não sou a autora
o dedo contra a tecla
só a poesia
nasço
vivo
morro assim que lida