terça, 25 de fevereiro de 2020
(...) garimpo é o envenenamento da terra e dos rios com mercúrio. Cidadãos são os que estão vivos e têm direito de assim manterem-se. Pessoas trans são seres livres sem acesso ao trânsito. O trânsito é o movimento normal da vida no tempo. Jornalistas são guerrilhas sem acesso aos fatos. Os fatos não são fatos místicos são fatos fáticos. Os místicos são homens de pecado. Na terra há multidões de velhas soltas. No meio da denúncia torrente pegam-se nomes. Dos nomes se refazem as vagas poucas. As vontades e potências e as letras de forma. Sempre uma messias a trocar o nome para depois crucificar. Apagada da história a mártir jamais venerada e nunca santa continua a cantar e dançar. Sempre do Norte Acima do Norte, saberes vestidos ou na forma nua: sem ver nos olhos de perto os cachorros, os gatos, os ratos da rua, sem ver mosquitos e cercas, água de cheiro, goteira, carne depois de salgada mas ainda crua
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reis deste ouro, comida lavada, sifão ao contrário, xícara trincada, arroz com gemada, dois olhos abertos, olhos no espelho, a asa imanente do anjo ausente cuida do menino confuso, sempre no banco dos réus, entregue ao deus do consumo, sua fé caótica e católica é melhor que ser mais um pagão com três furos, hipócrita de um absurdo, plantando ódio de três em três metros na roça não chegava a jagunço, você disse que é crime viver neste time então segura a pipoca no escuro, a rota do olho está presa, diziam botar e agora tiram a comida da mesa, dar a cara a tapa mentindo à farta é fácil demais ele ensina, se junta com outros grandes amigos que aceitem também o racismo, invade um enterro, faz a queimada, herói de milhões que apoiam e curtem seu tuíte, mas o wifi não chega debaixo da terra catorze palmos o caixão é um saco de lixo, o ferro por cima da roupa, sabão azul sobre a louça, na espuma gelada o pano na sala vejo voltando: lanças em riste, multidões levantando horizonte fechando, milhões de dedos e um grande olho que assiste, o melhor da vida não é sonho é surpresa, espero que alguém te avise, a massa é diversa e insiste, vai ser sempre difícil, não se demore e termine, não pense que foi só um grito, sua crítica rasa é um longo debate que já sabemos que existe, história no tempo perdido, quem procura encontra o caminho, pista com pista, da língua da amiga as ideias encaixam num beat, mulheres gostam de homens? homens gostam de alpiste, há quem não seja mulher nem homem mas isso não tá no seu feed, quem é você, seu nome quem lê, oligarca atrás do biombo de vime, talvez você nem saiba português mas cuidado que o véu é fino, na rota da bala o tempo é certeiro mesmo lenta chega ao segundo o que é do segundo e ao terceiro o que é do terceiro, se a língua dispara como quando trocam no encontro de uma só vez cantando as notícias em línguas das quais é comum que se duvide, não há quem segure uma outra enxurrada virá com certeza então leia direito e revise, estão tentando clonar segmentar o rosa da veia e o marrom do fígado, é a nova doença à qual nosso corpo resiste, quanto mais calada e mais sufocada mais pressão na panela que crie, segure a explosão que está só começando o filme (...)